do trabalho e não-trabalho

Inevitalvelmente o trabalho de cada um de nós vem para casa. Mais não fosse porque muito dele é comum... E andamos nisto há anos. Contrariamente ao que se diz, connosco tem corrido bem. Não tem?...

A propósito de uma parvoíce que se anda a passar, recordo todas as conversas que temos e sinto que alguns sentem, e se calhar eu também, que vezes há em que podíamos trocar de papéis. Andamos de braços dados e entrelaçados no trabalho desde 2002. É muita fruta!
Eu faria diagnósticos altamente peritos e bestiais, tratava meio mundo e publicava nas melhores revistas e ele delineava contratos e tratava de papeladas. Acho honestamente que eu ia sair-me melhor porque o gajo não atina com papéis e eu ainda atino com alguns diagnósticos! espera... não com artigos, por isso até talvez não corresse assim tão bem!

O despeja-bolsos dele podia ser a sua secretária. A secretária serve de arrumos já há uns bons 10 anos. E agora também de armázem de roupa :p. Carrega todos os dias uma mochila que pesa seguramente 4kg e que um dia lhe vai sair bem cara: ou porque a vai perder, ou porque lhe vai dar cabo das costas ou porque me vai matar a mim que invariavelmente tropeço nela.... E o mais irritante é não perceber a necessidade de trazer sempre o que lá vem! Eu arquivo tudo, tenho separadores com ene cores, dossiers para todo e qualquer assunto e as contas guardadas desde que casámos!

Hoje em dia surpreende-me quando estamos simplesmente no sofá. Depois de uns minutos de coisa nenhuma, espero vê-lo sacar da mochila e do mac e começar qualquer coisa que só vai terminar quando eu já estiver de rastos à espera para nos irmos deitar ou sem vidas no CandyCrush.

Eu já não me entretenho com trabalho, é uma pena... houve tempos em que era non-stop, se recebia um email respondia, se tinha coisas penduradas continuava-as em casa. Agora não. Saio e desligo quase completamente. Fico em standby para qualquer coisa urgente e não consigo evitar um certo sentimento de culpa por fazê-lo. Mas se o prémio de não pegar em nada a não ser em nós quando chego a casa é ele fazer o mesmo, apre, vale a pena!

Agora: pel'alminhas, não pegues em qualquer coisa logo à noite!

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