do amor
Todos os dias da nossa vida.
Esta jura de amor não devia ser feita no casamento, devíamos tê-la guardado para o baptismo dos nossos dos nossos filhos. Para o primeiro pontapé que nos dão e o primeiro beijo que lhes damos. Para a primeira palmada que lhes damos. Todos os dias da nossa vida é o tanto ou tão pouco que nos preocupamos com eles.
E todos os dias da nossa vida achamos que há qualquer coisa onde falhamos. Ou há qualquer coisa que pode melhorar, mudar, desaparecer. Todos os dias da nossa vida.
No meio de um processo que está a decorrer perguntam-me sobre os meus filhos. Sobre o que gostam, o que não gostam? O que os irrita? De que têm medo? Como dormem, agitados, tapados, descobertos? O que os excita? O que querem ser? Qual a comida ou a cor preferida? O que não toleram? Acharia eu que saberia as respostas todas e dei por mim a ter que pensar. A puxar pela cabeça para coisas que me parecem tão banais e que podem, ou não, estar tão carregadas de significado ou serem tão influentes para aquelas pequenas grandes almas. Conhecemos os nossos filhos?
No meio de um processo em que peço ajuda e orientação para saber lidar com algumas coisas, cai um elogio de que os meus filhos são exemplares, são tãooo bem educados e que eu tenho que dar a receita. Irónico, não?
Não tenho receita nenhuma, engano-me constantemente nas doses, troco a ordem das coisas e faço montes de asneiras! Visto-lhes roupa trocada e os pijamas do avesso. Esqueço-me de uma reunião e marco outra em cima, largo-os ao fim do dia porque com eles à volta não consigo trabalhar. Perco a cabeça com facilidade, desculpo-os com mais facilidade ainda. Dou-lhes muitos beijinhos, digo muitas vezes ailóliu, deixo que façam de mim gato-ou-sapato, dançamos e fazemos disparates na cozinha. Somos seguramente felizes.
Estão comigo todos os dias da minha vida, mesmo aqueles em que eu não estou. Mesmo em alguns que não queria estar, eles estão. Não são a minha pessoa, mas nunca sairam de mim. E eu nunca imaginei que fosse algum dia ter que aprender a maternidade, ter que aprender a ensinar, a educar. Nunca equacionei precisar de ajuda para os conhecer, but here we are.
Não estou com vergonha de precisar de ajuda para algumas coisas. Estou esperançada de que algumas coisas mudem. Estou naturalmente triste porque não o conseguimos fazer sozinhos. Estou radiante porque não o vamos fazer sozinhos. Estou frustrada porque não vamos saber nunca se foi por falta de tempo, de dedicação ou de pura sabedoria. Estou segura de que é por amor.
Esta jura de amor não devia ser feita no casamento, devíamos tê-la guardado para o baptismo dos nossos dos nossos filhos. Para o primeiro pontapé que nos dão e o primeiro beijo que lhes damos. Para a primeira palmada que lhes damos. Todos os dias da nossa vida é o tanto ou tão pouco que nos preocupamos com eles.
E todos os dias da nossa vida achamos que há qualquer coisa onde falhamos. Ou há qualquer coisa que pode melhorar, mudar, desaparecer. Todos os dias da nossa vida.
No meio de um processo que está a decorrer perguntam-me sobre os meus filhos. Sobre o que gostam, o que não gostam? O que os irrita? De que têm medo? Como dormem, agitados, tapados, descobertos? O que os excita? O que querem ser? Qual a comida ou a cor preferida? O que não toleram? Acharia eu que saberia as respostas todas e dei por mim a ter que pensar. A puxar pela cabeça para coisas que me parecem tão banais e que podem, ou não, estar tão carregadas de significado ou serem tão influentes para aquelas pequenas grandes almas. Conhecemos os nossos filhos?
No meio de um processo em que peço ajuda e orientação para saber lidar com algumas coisas, cai um elogio de que os meus filhos são exemplares, são tãooo bem educados e que eu tenho que dar a receita. Irónico, não?
Não tenho receita nenhuma, engano-me constantemente nas doses, troco a ordem das coisas e faço montes de asneiras! Visto-lhes roupa trocada e os pijamas do avesso. Esqueço-me de uma reunião e marco outra em cima, largo-os ao fim do dia porque com eles à volta não consigo trabalhar. Perco a cabeça com facilidade, desculpo-os com mais facilidade ainda. Dou-lhes muitos beijinhos, digo muitas vezes ailóliu, deixo que façam de mim gato-ou-sapato, dançamos e fazemos disparates na cozinha. Somos seguramente felizes.
Estão comigo todos os dias da minha vida, mesmo aqueles em que eu não estou. Mesmo em alguns que não queria estar, eles estão. Não são a minha pessoa, mas nunca sairam de mim. E eu nunca imaginei que fosse algum dia ter que aprender a maternidade, ter que aprender a ensinar, a educar. Nunca equacionei precisar de ajuda para os conhecer, but here we are.
Não estou com vergonha de precisar de ajuda para algumas coisas. Estou esperançada de que algumas coisas mudem. Estou naturalmente triste porque não o conseguimos fazer sozinhos. Estou radiante porque não o vamos fazer sozinhos. Estou frustrada porque não vamos saber nunca se foi por falta de tempo, de dedicação ou de pura sabedoria. Estou segura de que é por amor.
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