da cafeína

Tenho dores físicas que, ainda o avião não levantou, já estão a aparecer. Psicossomático dirias tu. Pois seja. Fico com herpes, olheiras, dores de cabeça constantes, sempre pesada nos 2 primeiros dias e depois alojada no fundo da testa. Aftas que insisto em martirizar e espigões que não paro de arrancar. Duram tanto tempo quanto a tua ausência. Eu posso andar aí a passarinhar com a mania de que estou habituada, mas não estou nem fico nunca. Os sintomas não mentem. É sempre a mesma coisa.

Hoje exagerei na cafeína. Acho que tive uma overdose. E a dor de cabeça não passou. Tratei de uma série de coisinhas e coisecas, fui deixar as crianças, fui trabalhar, fui buscar as crianças e o dia está ainda longe de acabar.
Não tenho gritado, nem sequer tenho falado muito. Ando com a garganta seca, deito-me cedo (ouço musica). Imagina que ainda não chegaram depois das 8h20 um único dia! Fomos ao Porto e viemos, festejamos os anos das aniversariantes, estivemos com quase todos, com os conseguimos estar. Voltámos e os pneus aguentaram-se mas já marquei para os ir trocar na quinta-feira. Amanha devo ir à SS e às Finanças resolver os pendentes e na quarta temos pediatra, com direito a vacinas.

O nosso filho continua a negar-me a confidência de me dizer por que chorou na quinta-feira na escola, mas já anda mais alegre. O mais novo insiste que tu estás há enfiado num avião desde que deixou de te ver, só fala e canta e anda nisto. A mais velha continua com os seus dramas de BFFs, temos estudado, não nos temos pegado muito. Chegaram as notas das fichas de avaliação, foram tão boas! Isso sim, dissipou um pouco a minha dor de cabeça.

Se te escrevesse uma carta era assim...
Como sempre tudo continua. E como sempre, nada é como sempre.