dos diplomas
Os meus filhos já estão quase em esquema férias. Mais uns dias na escola com actividades lúdicas e para o ano começa tudo de novo. O B., tal como a X. no seu tempo, teve direito a viagem e festa de finalista, com Diploma. Já tinha ouvido comentários contra esta palhaçada de putos de 5 anos terem viagens de finalistas e voltei a ouvir com os Diplomas. Pois que saiba, que eu acho muito bem! Há muitos motivos pelos quais louvo esta trabalheira que o colégio tem e passo a explicar:
i) para muitas crianças (e para os pais!) esta viagem é a primeira oportunidade de dormirem fora de casa, estarem sem os pais, irmãos, avós... é o começo de todo um mundo novo: estar sozinho, mas ainda assim vigiado e acarinhado por pessoas responsáveis que lhes dizem qualquer coisa. Os meus filhos ficam normamente bem em qualquer lado, mas tenho a certeza de que perceberam, quer o B. quer a X. o significado destas viagens. O cair do ninho... que além dos miúdos, muitos pais deviam experimentar!
ii) cumpriram objectivos! Cada vez mais cedo as escolas impõe uma série de metas a que os alunos têm que chegar e começam a fazê-lo cada vez mais cedo. Eu não me lembro de saber ler ou escrever quando fui para a 1ª classe, mas hoje em dia já se sabe o alfabeto quase todo e já se arranha a Matemática. Vão continuar a puxar por eles ao longo de todo o 1º ciclo, mas a verdade é que já puxam desde os 3 anos. Já recebemos fichas de avaliação desde os 4 anos em que tudo é avaliado, ponderado, aconselhado e temos reuniões todos os períodos. Portanto, sim, cumpriram objectivos e passaram de ano, tanto como passam do 3º para o 4º por exemplo.
iii) eles deliram! Pelo menos os meus estiveram em excitex total até ao dia e nos dias seguintes só queriam contar coisas e mais coisas. E ainda de vez emq uando se lembram de qualquer coisa de que se esqueceram de falar antes e contam, cheios de emoção. E o que conta agora, apesar das reuniões de avaliação, é a emoção. É aí que queremos apostar, em eles estarem felizes.
iv) ser criança não é fácil! Eles têm responsabilidades à sua medida, têm preocupações que para nós parecem desnecessárias, mas são as deles, E devem tê-las como nós tivemos mas já não nos lembramos porque já as ultrapassámos. É tudo numa escala mais pequena, mas não deixam de ser o primeiro contacto com preocupações e responsabilidade, por exemplo, levar e trazer o mesmo número de Abatons para a escola. Lembrar-se de que os querem levar. Treinar a coreografia de uma dança ou a letra do Hino da escola. Escolher o gancho que se quer usar ou os sapatos. São coisas de nada, mas que os fazem crescer e ganhar caracter.
v) eles merecem! Porque cresceram e é nossa obrigação, senão o nosso deleite, ficarmos contentes com isso! Os meus filhos guardam coisas muito mais corriqueiras como o Diploma do primeiro corte de cabelo ou ida ao dentista, porque razão haveríamos de menosprezar mais este Diploma?
Há uns dias estivemos num parque temático e a minha filha andou sozinha em Montanha Russas. Várias vezes. Ela não viu, mas cairam umas lágrimas quando ela lá estava porque o quanto significou para mim eu não conseguiria explicar-lhe. É uma valente e tem uma coragem que eu nunca tive nem tenho ainda. Sente-se insegura com uma série de coisas e sinto que andar sozinha foi para ela uma conquista enorme.
Foi para mim também. A segurança de que ela vai sempre arriscar. O conforto de saber que estamos à porta do carrossel à espera dela quando acabar, a coragem de avançar sem saber se vai correr bem.
O B. seguiu o exemplo e quis também andar. Não aprendeu isso de mim, aprendeu da irmã. Andou connosco, mas andou e foi já um grande acto de coragem e valentia.
Se eu tivesse uns Diplomas à mão tinha-os dado!
i) para muitas crianças (e para os pais!) esta viagem é a primeira oportunidade de dormirem fora de casa, estarem sem os pais, irmãos, avós... é o começo de todo um mundo novo: estar sozinho, mas ainda assim vigiado e acarinhado por pessoas responsáveis que lhes dizem qualquer coisa. Os meus filhos ficam normamente bem em qualquer lado, mas tenho a certeza de que perceberam, quer o B. quer a X. o significado destas viagens. O cair do ninho... que além dos miúdos, muitos pais deviam experimentar!
ii) cumpriram objectivos! Cada vez mais cedo as escolas impõe uma série de metas a que os alunos têm que chegar e começam a fazê-lo cada vez mais cedo. Eu não me lembro de saber ler ou escrever quando fui para a 1ª classe, mas hoje em dia já se sabe o alfabeto quase todo e já se arranha a Matemática. Vão continuar a puxar por eles ao longo de todo o 1º ciclo, mas a verdade é que já puxam desde os 3 anos. Já recebemos fichas de avaliação desde os 4 anos em que tudo é avaliado, ponderado, aconselhado e temos reuniões todos os períodos. Portanto, sim, cumpriram objectivos e passaram de ano, tanto como passam do 3º para o 4º por exemplo.
iii) eles deliram! Pelo menos os meus estiveram em excitex total até ao dia e nos dias seguintes só queriam contar coisas e mais coisas. E ainda de vez emq uando se lembram de qualquer coisa de que se esqueceram de falar antes e contam, cheios de emoção. E o que conta agora, apesar das reuniões de avaliação, é a emoção. É aí que queremos apostar, em eles estarem felizes.
iv) ser criança não é fácil! Eles têm responsabilidades à sua medida, têm preocupações que para nós parecem desnecessárias, mas são as deles, E devem tê-las como nós tivemos mas já não nos lembramos porque já as ultrapassámos. É tudo numa escala mais pequena, mas não deixam de ser o primeiro contacto com preocupações e responsabilidade, por exemplo, levar e trazer o mesmo número de Abatons para a escola. Lembrar-se de que os querem levar. Treinar a coreografia de uma dança ou a letra do Hino da escola. Escolher o gancho que se quer usar ou os sapatos. São coisas de nada, mas que os fazem crescer e ganhar caracter.
v) eles merecem! Porque cresceram e é nossa obrigação, senão o nosso deleite, ficarmos contentes com isso! Os meus filhos guardam coisas muito mais corriqueiras como o Diploma do primeiro corte de cabelo ou ida ao dentista, porque razão haveríamos de menosprezar mais este Diploma?
Há uns dias estivemos num parque temático e a minha filha andou sozinha em Montanha Russas. Várias vezes. Ela não viu, mas cairam umas lágrimas quando ela lá estava porque o quanto significou para mim eu não conseguiria explicar-lhe. É uma valente e tem uma coragem que eu nunca tive nem tenho ainda. Sente-se insegura com uma série de coisas e sinto que andar sozinha foi para ela uma conquista enorme.
Foi para mim também. A segurança de que ela vai sempre arriscar. O conforto de saber que estamos à porta do carrossel à espera dela quando acabar, a coragem de avançar sem saber se vai correr bem.
O B. seguiu o exemplo e quis também andar. Não aprendeu isso de mim, aprendeu da irmã. Andou connosco, mas andou e foi já um grande acto de coragem e valentia.
Se eu tivesse uns Diplomas à mão tinha-os dado!
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