de Paris (ii)
Passei do Jake e os Piratas para gente a morrer. Assim, just like that. Ainda achei que fosse piada de sexta-feira, 13... Demorei um bocado a processar até que me caiu a ficha! Lembrei-me de que tenho amigos e família em Paris e certifiquei-me de que estavam bem. Depois disso tentei concentrar-me no que estava a acontecer, de novo.
Eu não sou uma pessoa muito inteligente, tenho noção disso e assumo essa minha fraqueza, mas estou cada vez mais convencida de que não estou sozinha e há por aí bem pior do que eu. Há quem não tenha sequer inteligência emocional....
Foi em Paris e antes em Beirute e todos os dias morrem milhares de pessoas pelo mundo inteiro mas nem todos os dias as notícias chegam com o impacto desta. Eu continuo sem perceber o que motiva estes actos, quer por falta de inteligência ou sabedoria, mas sobretudo por falta de interesse! Assumo que não quero nem preciso de saber o que mata cada inocente todos os dias, porque a minha impotência perante o assunto incomoda-me. O mais que faço, porque o faço de facto e com muito sentido, é rezar. Já o disse, rezo por todos em geral e alguns em particular. Pareceu-me pertinente, esta semana, rezar pelos e com os que estão em Paris e não acho normal que ponham em causa o facto de publicamente estar solidária com os que perderam alguém nesta sangria desatada. Mudo a fotografia do meu perfil e uso a #prayforparis e não sinto que esteja de forma nenhuma a esquecer-me de tantos outros que sofrem e morrem e são infelizes.
Não querem mudar a fotografia: ótimo! Acham que somos todos umas marias-que-vão-com-outras: porreiro! Mas deixem-nos estar assim, guardem lá as piadas para outra ocasião...
Não me interessa saber quantos portugueses estão lá no meio, de onde vieram os que matam nem os que morrem. Rezo por todos e não percebo porque se questiona sequer a intenção de quem o faz como eu. Meus caros, não é hipocrisia, é impotência de poder fazer pouco mais do que isto.
Ainda no dia anterior tinha posto no instagram mais uma coisa em que acredito
E hoje acredito mais um bocadinho ainda: deixem-se de merdas e de dedos apontados e de ver o que os outros andam a fazer. Façam o que quiserem, souberem ou puderem, mas não se metam no pouco que os outros podem fazer. Sejam felizes se o conseguirem! Esta semana ficou para mim mais difícil, mas isso é cá comigo. Ainda ontem passámos na Torre de Belém, iluminada de bleu, blanc, rouge e os meus filhos perguntaram porquê. Expliquei-lhes o que tinha acontecido em Paris, onde passámos há não muito tempo uma semana bestial. Não lhes soube explicar por que é que os maus fizeram aquilo (lá está a minha falta de conhecimento geral!) só lhes disse que há pessoas que acreditam em coisas diferentes e ficam malucas e furiosas quando alguém não concorda. E a X. pergunta, cheia de bondade: mas esses não acreditam no Amor ou o Amor deles é diferente do nosso? e o B. responde do lado: achas?! eu acho que eles não sabem o que isso é...
Eu não sou uma pessoa muito inteligente, tenho noção disso e assumo essa minha fraqueza, mas estou cada vez mais convencida de que não estou sozinha e há por aí bem pior do que eu. Há quem não tenha sequer inteligência emocional....
Foi em Paris e antes em Beirute e todos os dias morrem milhares de pessoas pelo mundo inteiro mas nem todos os dias as notícias chegam com o impacto desta. Eu continuo sem perceber o que motiva estes actos, quer por falta de inteligência ou sabedoria, mas sobretudo por falta de interesse! Assumo que não quero nem preciso de saber o que mata cada inocente todos os dias, porque a minha impotência perante o assunto incomoda-me. O mais que faço, porque o faço de facto e com muito sentido, é rezar. Já o disse, rezo por todos em geral e alguns em particular. Pareceu-me pertinente, esta semana, rezar pelos e com os que estão em Paris e não acho normal que ponham em causa o facto de publicamente estar solidária com os que perderam alguém nesta sangria desatada. Mudo a fotografia do meu perfil e uso a #prayforparis e não sinto que esteja de forma nenhuma a esquecer-me de tantos outros que sofrem e morrem e são infelizes.
Não querem mudar a fotografia: ótimo! Acham que somos todos umas marias-que-vão-com-outras: porreiro! Mas deixem-nos estar assim, guardem lá as piadas para outra ocasião...
Não me interessa saber quantos portugueses estão lá no meio, de onde vieram os que matam nem os que morrem. Rezo por todos e não percebo porque se questiona sequer a intenção de quem o faz como eu. Meus caros, não é hipocrisia, é impotência de poder fazer pouco mais do que isto.
Ainda no dia anterior tinha posto no instagram mais uma coisa em que acredito
E hoje acredito mais um bocadinho ainda: deixem-se de merdas e de dedos apontados e de ver o que os outros andam a fazer. Façam o que quiserem, souberem ou puderem, mas não se metam no pouco que os outros podem fazer. Sejam felizes se o conseguirem! Esta semana ficou para mim mais difícil, mas isso é cá comigo. Ainda ontem passámos na Torre de Belém, iluminada de bleu, blanc, rouge e os meus filhos perguntaram porquê. Expliquei-lhes o que tinha acontecido em Paris, onde passámos há não muito tempo uma semana bestial. Não lhes soube explicar por que é que os maus fizeram aquilo (lá está a minha falta de conhecimento geral!) só lhes disse que há pessoas que acreditam em coisas diferentes e ficam malucas e furiosas quando alguém não concorda. E a X. pergunta, cheia de bondade: mas esses não acreditam no Amor ou o Amor deles é diferente do nosso? e o B. responde do lado: achas?! eu acho que eles não sabem o que isso é...
Comments