do aviso
Acha-se que eu tenho mau feitio. Permitam-me a correcção, tenho péssimo. Sou uma trombuda, impaciente, peixeira de rabo gordo, carrancuda, levo tudo à frente, tiro conclusões precipitadas, tenho a mania que faço melhor do que mando fazer, grito de manhã, e raramente disfarço quando me sinto incomodada, odeio que me interrompam um racíocino, e a minha cara tem vida própria, não disfarço porra nenhuma. Mas não faço mais do que isto, não mordo, não faço por magoar e se noto que o faço peço desculpa, genuína desculpa, porque sei que a minha intensidade pode parecer direccionada. Não me levem a mal se um dia vos calhar o meu péssimo feitio na rifa, há-de ser sinal de que nos damos bem que chegue para isso (it is sort of a compliment actually...)
Mas se um dia for má, note-se: "for do verbo ser" má, aí sim... saibam que o meu problema é com vocês. Que vos tomei de ponta. Que me senti magoada, empurrada, gozada, humilhada, enganada. E quando digo "me" metam todos os meus amores e amigos no pacote!
Não é porque acordei cedo, não tive tempo de lavar a cabeça, nem porque estou com o período... quando eu for uma cabra, porque acredito que o sei ser, é porque o fizeram por merecer. Porque não tolero a cobardia do sussuro ou do esperar que se virem as costas ou desligue o telefone. Não aguento a piada passivo-agressiva nem o elogio irónico. O ataque aos mais fracos tira-me o sono e o causar dor nos outros faz-me chorar. Aguento que me levem os créditos, aguento que não gostem de mim, aguento que discordem das minhas ideologias, aguento que assumam muita coisa quando não o é... Aguento irritada, mas aguento.
Mas a maldade, porra, essa não. Não me lixem, que eu, para o melhor e para o pior, tenho andado a tirar notas de como o fazer, e mudei o lugar de algumas certezas, um dia quando for má hei-de o ser sem vontade, mas também sem vergonha.
Mas se um dia for má, note-se: "for do verbo ser" má, aí sim... saibam que o meu problema é com vocês. Que vos tomei de ponta. Que me senti magoada, empurrada, gozada, humilhada, enganada. E quando digo "me" metam todos os meus amores e amigos no pacote!
Não é porque acordei cedo, não tive tempo de lavar a cabeça, nem porque estou com o período... quando eu for uma cabra, porque acredito que o sei ser, é porque o fizeram por merecer. Porque não tolero a cobardia do sussuro ou do esperar que se virem as costas ou desligue o telefone. Não aguento a piada passivo-agressiva nem o elogio irónico. O ataque aos mais fracos tira-me o sono e o causar dor nos outros faz-me chorar. Aguento que me levem os créditos, aguento que não gostem de mim, aguento que discordem das minhas ideologias, aguento que assumam muita coisa quando não o é... Aguento irritada, mas aguento.
Mas a maldade, porra, essa não. Não me lixem, que eu, para o melhor e para o pior, tenho andado a tirar notas de como o fazer, e mudei o lugar de algumas certezas, um dia quando for má hei-de o ser sem vontade, mas também sem vergonha.
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