das vítimas

 

if you can speak, you can influence, if you can influence - you can change lives.

tirei mais fotografias, mas achei que esta já seria qb para levantar a questão e chamar a atenção para quem não é livre. eu posso fazê-lo... é-me difícil escrever sobre este dia sem me afirmar ainda mais mulher. uma mão não me basta.
o que me define como mulher não é uma boca voluptuosa, ter homem, mamas ou tacões altos. são precisamente as curvas de um corpo irreplicável, as cicatrizes de ter filhos, as marcas de ser mulher, que se vêem ou não. as minhas são marcas bonitas porque são marcas boas, porque estou cá tenho a liberdade de contar a história de cada uma delas.
a ideia de pensar que devia ponderar antes de publicar isto - e 'isto' não é mais do que pele que se vê na praia, nos placards da rua, do que um corpo - e debater-me sobre fazê-lo ou não, torna mais evidente ainda a necessidade de lembrar, internacionalmente, que hoje é #25novembro - dia internacional pela eliminação da violência contra as mulheres (é doméstica, mas pasmem-se, as mulheres são 86% das vítimas). e sublinhe-se o que é a violência: violência física, moral e psicológica, de abuso e de maus-tratos, em particular, em relações de intimidade.
eu não sou uma vítima, não fui uma das 30 que já morreram em 2020 - mas sou mulher e não consigo entender isto, menos ainda tolerar. contra a violência, despia-me mais, falava mais, denunciava mais. porra... vale tudo menos ficar calado.
linha de apoio à vítima - 116 006 (chamada gratuita)




 

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