do açucar

aqui são quase só palavras... são quase sempre imagens. 

mas somos uma só. há algumas pessoas - lá - com quem falo e partilho ideias e opiniões e arte e vamos sabendo uns dos outros, somehow. posso, até prova em contrário, dizer que tenho feito amigos pelo mundo fora. e vamos falando.

outro dia disseram-me que a minha vida é mesmo calma, que tudo parecia uma paz. mantive a compostura, de facto tenho feito um esforço por isso e com algum sucesso, para surpresa até minha. e depois há dias como o de ontem em que sou a paz mas atiro com coisas pelo ar. não foi do nada, mas irritei-me como um touro e pronto. eu sei que ninguém é nada a 100% ou também não sou nada a favor de radicalismos e extremismos: a reciclagem não é excepção, vou reciclando conforme consigo, desvio-me do caminho um pouco, mas não sou uma deusa da reciclagem... re-uso os sacos de compras e quando vêm os de plástico das compras online, eu perco tempo a dobrá-los, re-uso também. 

depois de arrumada a cozinha, passado o chão e no suave aroma a lavanda, faltava só trocar o lixo. estava tudo a correr bem na operação 'lixo', estava até lançada para ir mesmo ao contentor da rua num modo passeio higiénico. até abrir numa sacudidela o saco que ia usar e ouvir milhares de grãos de açucar a bater no chão ainda morno da esfregona, com cheirinho a lavanda :| uns segundos antes e caramelizava o açucar e ainda acalmava a fúria.... mas não, foi só o espalhar no chão e tilintar... e num movimento de hipo numa cozinha pequena consigo derrubar o outro saco ainda por fechar. eu juro que sou da paz, mas juro também que dei um pontapé no balde e dei a noite por fechada. doces sonhos.

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