das palavras
confinamento digitalização
infodemia saudade
telescola covid-19sem-abrigo zaragatoa
descriminação pandemia
não sabia sequer que havia uma palavra a escolher para definir um ano. há tantas outras além destes lugares-comuns. soube agora que o principal hospital psiquiátrico do Líbano está sem comida, e eu atesto as malas dos miúdos de agasalhos.
há coisas boas e coisas más. pondero sobre o que levo deste ano marado e não levo nenhuma delas. levo:
desemprego, empatia, fome, amizade, paciência, criatividade, bolos,
descoberta, isolamento, consolo e conforto.
levo sobretudo a lembrança de reparar mais no que tenho, e não no que não tenho. só para variar, só para me manter do contra, é isto que quero levar.
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