para sempre
escrevi na altura que assim era mais eu. mas não tinha ainda testado todas as voltas da vida, não tinha ainda o que tenho hoje. não sabia ainda, tão bem como sei hoje, o que me assusta e o que me é essencial - suponho que não saibamos, mas antes, que decidimos o que é para sempre.
e por
isso vai saindo, em dores tão rápidas como as com que foi feita, vai
dissipando da minha pele, como quem diz que a pele não é só minha.
dizia
que não a tinha feito antes porque me tinham pedido que não a fizesse e
digo agora que a tiro porque me pediram que a tirasse. e assim sou mais
eu. sinais de amor mútuo, ele gostar e eu tirar. provas de que o amor
requer cedências e opções. e eu escolho o para sempre que não está
gravado na pele. hei-de sempre escolher-nos a nós.
Comments