do the Bear


⁣em minha casa sempre fomos muito brutos, discretos, muito crus e frios talvez. mas nunca senti que não estivéssemos lá, quando precisássemos de todos ou de um só. sem recados e pedidos, às vezes basta uma palmada nas costas, um 𝘳𝘦𝘦𝘭 parvo que nos faça rir, uma oferta de boleias ou de um carro ou de umas muletas. foi assim na geração dos meus Pais, é assim na nossa. a ajuda vinha discreta e silenciosa e às vezes por vias tão travessas que não se via sequer chegar. mas chegava quase sempre.⁣

e eu tenho sempre medo de não estar presente na medida certa, ou na medida que é precisa. e eu tenho que saber gerir isso o resto das nossas vidas. já falei muitas vezes desta distância que as geografias criam, mas retomo a ideia para recordar uma outra, essencial, e mais genérica. uma ideia que serve a todos, que encaixa também em nós quando falamos baixinho com nós próprios, com as nossas dores, arrependimentos, fantasmas e sonhos: às vezes a melhor ajuda está no: 𝗲𝘀𝘁𝗼𝘂 𝗮𝗾𝘂𝗶 – e deixamos a porta aberta e a mensagem do lado de lá, como um eco que há-de voltar. e no: 𝗽𝗿𝗲𝗰𝗶𝘀𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗮𝗷𝘂𝗱𝗮. não porque não queiramos nós fazer qualquer coisa, mas porque já não nos é possível, por que não sabemos, porque não conseguimos, porqua não nos deixamos ajudar, porque todos precisamos de ajudas. ⁣

acabei de ver a 4ª temporada do 𝘛𝘩𝘦 𝘉𝘦𝘢𝘳, se tivesse que exemplificar, não encontraria, neste momento, melhor exemplo. a quem não viu veja, como se vai do episódio 𝘍𝘪𝘴𝘩𝘦𝘴 ao 𝘛𝘩𝘦 𝘸𝘦𝘥𝘥𝘪𝘯𝘨. somos isto, um caos e uma ternura, e nunca sabemos o que cada um traz consigo a cada momento. ⁣
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