a moda da parentalidade...
...já irrita!
Em alguma altura a sociedade terá que saber distinguir o que é saber escrever bem ou com piada ou o que é ser-se Mãe. Todos os anúncios de fraldas, cremes, shampôos e refrigerantes, todas as crónicas, posts em blog ou desabafos em fóruns, todos! estão certos e todos estão errados.
Não vou ser eu quem vai ensinar o que é ser-se Mãe. Não pretendo ensinar o valor do medo que anda sempre lado a lado com o amor, não faço escalas de níveis de preocupação com 1, 2 e 3 filhos. Não protejo um mais do que outro, não favoreço um mais do que nenhum, não deixo que se metam com nenhum e deixo que favoreçam todos. Não sei mais do que nenhuma outra Mãe.
Posso ter mais ou menos instinto para algumas coisas, sou animal. Qualquer pessoa levada ao limite dá tudo o que tem. Quando não dá está doente ou sem força. Não ama menos, não está velha, nem está ainda ignorante. Somos todas umas máquinas. Umas tem mais jeito ou mais piada a descrevê-lo, mas a moda das lições de parentalidade é um perigo.
Eu sou boa Mãe. Não vou assumir a culpa de ter sorte e o prémio de poder dar mais ou melhor ou diferente, de poder ou ter que ter empregada, de ter um bom emprego, de estar bem na vida conforme a veêm. Tenho as rugas, tenho as preocupações, fiquei sem mamas e com pneus. Tenho o amor e tenho em mim a inevitabilidade de amar os meus filhos como mais nada na vida. Não dou menos nem faço pior nada pelos meus filhos do que qualquer outra Mãe que esteja com subsidio de desemprego ou que não tenha parceiro que a ajude ou que seja escrava do trabalho. E esta treta de moda está a mudar Mães. Está a fazê-las duvidar de si mesmas, está a fazê-las sentirem-se culpadas por qualquer coisinha, a convencê-las de que podiam conciliar tudo e serem felizes. A insinuar que se não andam impecáveis, com unhas arranjadas e cabelos bem escovados a culpa é de ser Mãe! Bullshit!! A culpa, a tê-la, é da preguiça ou das prioridades trocadas, é da vontade. Quem não quer estar impec depois dos filhos provavelmente já não o era antes... Eu esforço-me por estar mais impec agora, sem dúvida. Única e quase exclusivamente por mim, para me ver ao espelho, para viver mais e melhor, para estar gira! Não fosse por mim, seria pelo exemplo que lhes passo!
A treta da moda é do pior, está a convencer-nos de que se já não o fazemos então não devemos ter mais filhos. De que se não há dinheiro que fiquemos por aí. Certo: o dinheiro é sempre um fator lixado, mas as mais ricas não amam mais o que já têm. Põe-nos a duvidar de nós mesmas. Põe-nos umas contra as outras e faz-nos achar que o mundo não nos aprecia que chegue. Põe-nos em constante competição com os outros e não com nós mesmas. Eu já o disse, se alguém duvida daquilo que é, ou do que faz e é capaz, ponham uma banda sonora na vossa vida, um piano de fundo ou um violino! Faz toda a diferença a edição da vida real. Peçam a alguém que a descreva, vejam-na com outros olhos e saberemos que somos bestiais. Todas e cada uma!
Se um puto dorme pior vamos ter mais olheiras e estar de trombas, mas não precisamos de nos justificar a ninguém! Se faltamos a um evento na escola, foi por que o trabalho é um mal da vida e as prioridades estabelecem-se a longo prazo. Se não dissermos mil vezes que os adoramos, é porque não calha. Porque eles sabem bem que sim. Não são como nós, não duvidam, não questionam, só amam.
Em alguma altura a sociedade terá que saber distinguir o que é saber escrever bem ou com piada ou o que é ser-se Mãe. Todos os anúncios de fraldas, cremes, shampôos e refrigerantes, todas as crónicas, posts em blog ou desabafos em fóruns, todos! estão certos e todos estão errados.
Não vou ser eu quem vai ensinar o que é ser-se Mãe. Não pretendo ensinar o valor do medo que anda sempre lado a lado com o amor, não faço escalas de níveis de preocupação com 1, 2 e 3 filhos. Não protejo um mais do que outro, não favoreço um mais do que nenhum, não deixo que se metam com nenhum e deixo que favoreçam todos. Não sei mais do que nenhuma outra Mãe.
Posso ter mais ou menos instinto para algumas coisas, sou animal. Qualquer pessoa levada ao limite dá tudo o que tem. Quando não dá está doente ou sem força. Não ama menos, não está velha, nem está ainda ignorante. Somos todas umas máquinas. Umas tem mais jeito ou mais piada a descrevê-lo, mas a moda das lições de parentalidade é um perigo.
Eu sou boa Mãe. Não vou assumir a culpa de ter sorte e o prémio de poder dar mais ou melhor ou diferente, de poder ou ter que ter empregada, de ter um bom emprego, de estar bem na vida conforme a veêm. Tenho as rugas, tenho as preocupações, fiquei sem mamas e com pneus. Tenho o amor e tenho em mim a inevitabilidade de amar os meus filhos como mais nada na vida. Não dou menos nem faço pior nada pelos meus filhos do que qualquer outra Mãe que esteja com subsidio de desemprego ou que não tenha parceiro que a ajude ou que seja escrava do trabalho. E esta treta de moda está a mudar Mães. Está a fazê-las duvidar de si mesmas, está a fazê-las sentirem-se culpadas por qualquer coisinha, a convencê-las de que podiam conciliar tudo e serem felizes. A insinuar que se não andam impecáveis, com unhas arranjadas e cabelos bem escovados a culpa é de ser Mãe! Bullshit!! A culpa, a tê-la, é da preguiça ou das prioridades trocadas, é da vontade. Quem não quer estar impec depois dos filhos provavelmente já não o era antes... Eu esforço-me por estar mais impec agora, sem dúvida. Única e quase exclusivamente por mim, para me ver ao espelho, para viver mais e melhor, para estar gira! Não fosse por mim, seria pelo exemplo que lhes passo!
A treta da moda é do pior, está a convencer-nos de que se já não o fazemos então não devemos ter mais filhos. De que se não há dinheiro que fiquemos por aí. Certo: o dinheiro é sempre um fator lixado, mas as mais ricas não amam mais o que já têm. Põe-nos a duvidar de nós mesmas. Põe-nos umas contra as outras e faz-nos achar que o mundo não nos aprecia que chegue. Põe-nos em constante competição com os outros e não com nós mesmas. Eu já o disse, se alguém duvida daquilo que é, ou do que faz e é capaz, ponham uma banda sonora na vossa vida, um piano de fundo ou um violino! Faz toda a diferença a edição da vida real. Peçam a alguém que a descreva, vejam-na com outros olhos e saberemos que somos bestiais. Todas e cada uma!
Se um puto dorme pior vamos ter mais olheiras e estar de trombas, mas não precisamos de nos justificar a ninguém! Se faltamos a um evento na escola, foi por que o trabalho é um mal da vida e as prioridades estabelecem-se a longo prazo. Se não dissermos mil vezes que os adoramos, é porque não calha. Porque eles sabem bem que sim. Não são como nós, não duvidam, não questionam, só amam.
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